quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Teus olhos

Teus olhos,
Setembros encapados
De lua, cristal e alguma sujeira
Embaçam-me as idas e vindas
E minhas voltas ao redor das fogueiras.

Teus olhos,
Tempestades castanhas,
Calmaria estranha,
Calamidade íntima.

Teus olhos,
São eles que pulam
Que vendam minhas vistas
Enquanto a serenata que faço
Pendura-se em suas orelhas.

[Chega aqui, traz o pedaço de mim que esqueci dentro de seu coração]

Angelo A. P. Nascimento

3 comentários:

s a u l o t a v e i r a disse...

"Teus olhos
(...)
Que vendam minhas vistas..."

Fantástico. Belo escrever.

Juliana Silva disse...

Lindo anjinho! Sabia desse teu dom não.

Rob Novak disse...

"Teus olhos...
Que vendam minhas vistas
Enquanto a serenata que faço
Pendura-se em suas orelhas."

Muito bom! Imagens bem elaboradas que mexem com os sentidos.

Abraço!

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