domingo, 28 de agosto de 2011

Nós dois em retalhos



É como se fosse
Queda livre
Irrestrito acidente
Fraturas de mim
Pedaços
Estratos
Olhos seus
Que se misturam
A benzodiazepínicos
E dramins

É como se fosse
Apenas sempre despencar
Desmoronar
Todos os dias
Sem nunca poder dormir
E eternamente acordar

É como se fosse aconchego
E mesmo assim
Tudo teso
Esse grande desassossêgo
Sobre as minha pernas
Bailarinas paralíticas de patins

E como se fôssemos desconhecidos
Estranhos e ermos
Somos dois
Que não nos cruzamos
Impávidos e indefesos
Jurando-nos
Os donos de tudo
Que sentimos
Enfim...

Você jura aí
Eu juro aqui.
[Nós dois em retalhos]
Angelo A. P. Nascimento

4 comentários:

Luna Sanchez disse...

É o maior dos desalentos!

Gostei demais, parabéns.

Um beijo.

Um brasileiro disse...

ola. tudo blz? estive por aqui dando uma olhada. legal. apareça por la. abraços.

Tamara Queiroz disse...

E somos donos dessas juras doces!

B-jo no coração

Luna Sanchez disse...

Quero post novo!

=\

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