Sendo
Venho hoje
Escrever o proibitivo
O amor vernáculo escondido
As desventuras de olhar-te
E não ter-te comigo
Sendo este que não sou
Procuro por mim
Embaixo da cama
Nas gavetas da cozinha
Entre os papéis da escrivaninha
No espelho
Desconhecido reflexo
Sendo quem não sou
Apenas sendo
Esse estranho dolorido
Eu fingido
Talvez eu seja
Quem tu reconheces
Deixando passar despercebido.
[Inventaram-me, mas eu não mais me cabia
Restara o vazio do que tinha sido
Somado à estranheza do que me tornei]
Angelo Augusto Paula do Nascimento
4 comentários:
Incrível como me identifico com o que você escreve!
Parabéns Professor, tens um grande talento! :)
todos nós temos um pouco disto ... ou não ...
belíssimo ...
bejão
Não encontre quem te imaginou primeiro.
Ahh por que será que me encanto ainda mais com os teus poemas? Deve ser porque é comum ao que tem no fundo do meu pâncreas.
Beijo querido
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