Eu perdi de mim
O que só era tranqüilidade
Eu vi e passeei por nossas dores
Eu busquei a luz de nossas flores
Eu não sei quanto de nós se dispersou
Abra os olhos
Tem muito de mim
Espalhado pelos cantos
Tem todas as vogais num murmúrio de canto de boca
Em todas as conversas que ora procuramos silenciar
Perto de meu peito
Cultivei sonhos de nova brisa
Com janela aberta
E cheiro de laranjeira
Era você que estava lá o tempo todo
Cruzando minhas vistas na velocidade de bicicletas
Distribuindo mais risos
Que ladeavam toda a casa
Era você,
Que no meio de sua vacilante alegria
Pendurava-se insistentemente
Em meu coração.
Cultivei sonhos de nova brisa
Com janela aberta
E cheiro de laranjeira
Era você que estava lá o tempo todo
Cruzando minhas vistas na velocidade de bicicletas
Distribuindo mais risos
Que ladeavam toda a casa
Era você,
Que no meio de sua vacilante alegria
Pendurava-se insistentemente
Em meu coração.
Angelo A. P. Nascimento
12 comentários:
Gosto quando a tranquilidade sai e abre as portas pro movimento.
Foi o que "você" do poema tem feito em sua vida, tem balançado você.
Cheiro de laranjeira entrando pela janela é puro sonho.
Beijo,
ℓυηα
bonito
se isso foi escrito para alguem
esse alguem deve estar muito feliz
nao tenha duvidas
se alguem despertou isso em vc é pq sente o mesmo
Anjinho, meu amigo... morrooooooo de inveja! Serei a mulher mais feliz do mundo quando alguém me amar com essa sinceridade e intensidade! Bjs e muitas saudades!
Esse poema tem cheiro de tarde de domingo, de deitar na rede e esperar "você" passar.
Cruzando minhas vistas na velocidade de bicicletas....me fez imaginar a cena, como daqueles filmes no estilo doce novembro.
Vc e sua arte, sua boa arte!
Abraço e aliás, sua cidade é Linda parabéns.
gostei do clima tenso desse post
que persistiu até o cheiro da laranjeira acalmar.. ^^
Muito bacana!Me fez pensar...isso já me foi um gran(de)ganho...
Au revoir!
satisfeita, sorri, quando li.
gostei, foi no fundo do meu pancreas.
um abraço.
Cadê tu...escreves mais!
Meu caro sumido, por onde andas?????
Abs
Com janela aberta
E cheiro de laranjeira
Na peça de teatro "A praça Roosevelt", os atores dizem que a morte tem cheiro de laranja.
É um perfume tão suave que silencia tudo, até o repousar de aconchego. Foi assim também ao ler-te.
Um beijo,
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