terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sonhos

Eu saí
Eu perdi de mim
O que só era tranqüilidade

Eu vi e passeei por nossas dores
Eu busquei a luz de nossas flores
Eu não sei quanto de nós se dispersou

Abra os olhos
Tem muito de mim
Espalhado pelos cantos
Tem todas as vogais num murmúrio de canto de boca
Em todas as conversas que ora procuramos silenciar

Perto de meu peito
Cultivei sonhos de nova brisa
Com janela aberta
E cheiro de laranjeira

Era você que estava lá o tempo todo
Cruzando minhas vistas na velocidade de bicicletas
Distribuindo mais risos
Que ladeavam toda a casa

Era você,
Que no meio de sua vacilante alegria
Pendurava-se insistentemente
Em meu coração.
Angelo A. P. Nascimento

12 comentários:

DBorges disse...

Gosto quando a tranquilidade sai e abre as portas pro movimento.
Foi o que "você" do poema tem feito em sua vida, tem balançado você.

Luna Sanchez disse...

Cheiro de laranjeira entrando pela janela é puro sonho.

Beijo,

ℓυηα

Bob disse...

bonito
se isso foi escrito para alguem
esse alguem deve estar muito feliz

nao tenha duvidas

se alguem despertou isso em vc é pq sente o mesmo

Carla Rocha disse...

Anjinho, meu amigo... morrooooooo de inveja! Serei a mulher mais feliz do mundo quando alguém me amar com essa sinceridade e intensidade! Bjs e muitas saudades!

Natália Corrêa disse...

Esse poema tem cheiro de tarde de domingo, de deitar na rede e esperar "você" passar.

Unknown disse...

Cruzando minhas vistas na velocidade de bicicletas....me fez imaginar a cena, como daqueles filmes no estilo doce novembro.

Vc e sua arte, sua boa arte!

Abraço e aliás, sua cidade é Linda parabéns.

Eu, Thiago Assis disse...

gostei do clima tenso desse post
que persistiu até o cheiro da laranjeira acalmar.. ^^

Palatus disse...

Muito bacana!Me fez pensar...isso já me foi um gran(de)ganho...
Au revoir!

Luna disse...

satisfeita, sorri, quando li.

gostei, foi no fundo do meu pancreas.

um abraço.

Palatus disse...

Cadê tu...escreves mais!

Anônimo disse...

Meu caro sumido, por onde andas?????

Abs

Tamara Queiroz disse...

Com janela aberta
E cheiro de laranjeira


Na peça de teatro "A praça Roosevelt", os atores dizem que a morte tem cheiro de laranja.

É um perfume tão suave que silencia tudo, até o repousar de aconchego. Foi assim também ao ler-te.


Um beijo,

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