Não há idéias sobre o nada
Somente o meu corpo deitado
Meu olhar verticalizado
E uma constelação de fragmentos
Do teu agora vazio.
Hoje,
As rádios não tocam qualquer boa música
Não brotam boas poesias
E não vamos comer pastéis.
Hoje,
O mar de azul está cinza
Não há para quem pronunciar o seu nome
É imposssível escutar o timbre de suas vogais.
Hoje,
Procuro o teu peso e o entrelace,
Cadê o meu apelido que só você sabe?
Cadê o teu conforto de fim de tarde?
Hoje,
Cai a espada e volto a ser príncipe
Sou normal, humano e choro,
Mas você está fazendo a coisa certa...
Angelo A. P. Nascimento
(19 de fevereiro de 2002)
10 comentários:
Fiquei rindo com o nome do blog, e pensando: é muita criatividade, assim feito o ler do 20º andar.
O seu poema me remeteu a saudade, e a certeza que com nossas qualidades e defeitos, somos humanos, mesmo quando o amor nos transforma em prícipe ou princesa.
abraços
Gostei muito do seu blog..é a primeira vez que passo por aqui. Já sou um seguidor seu.
Vou te linkar lá no meu blog.
abraços
Hugo
Angelo seu sumido, que bom que apreceu com seus bels poemas. Intrigante mesmo.
Abs
"Hoje"...li um belo poema escrito no hoje já distante (19 de fevereiro de 2002), mas postado num hoje quase presente (ainda agora), e lido num hoje quase amanhã (23h49min).
Gostei do que li por aqui abaixo.
Nilson
A coisa certa é te deixar?
Eu teria dito o mesmo. Somos do mesmo naipe.
Domingo lindo, Angelo.
beijos!
Que bom que é só por hoje.
ℓυηα
Ah, que triste.
Pelo menos a espada caiu e você voltou a ser príncipe. Bem melhor que ser sapo, cá entre nós.
Ótima semana que se inicia!
É sempre assim o fim de um amor.
Os apelidos esquecidos, os prgramas que ninguém mais vai preencher...
Gosto da forma como coloca seus sentimentos em palavras.
abraço
hoje não.
tente amanhã :)
ainda bem que não ouço mais rádios, assim não fico sujeito a num dia ruim ainda ter que ouvir músicas desagradaveis. =]
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