domingo, 2 de outubro de 2011

Utopia



A partir de então
Eu seria livre
Só haveria risadas de crianças
Amanheceriam só domingos
E as cores teriam que ser renomeadas
Conforme sua emoção
Todos aprenderiam a tocar violão
Nossa velocidade, de acordo com nossa paixão

A partir de então
Nada seria para doer
Seríamos capazes de perdoar a nós mesmos
Brincaríamos todos sem medo
Morreriam o orgulho e seus senhores
Existiriam cirandas e flores
Abraços e amores
Para todos os corações

E a partir de então
Eu te encontraria de novo
Nos olharíamos com espanto e novidade
Conversaríamos milhares de amenidades
E pareceria que nos conhecíamos há anos

Veríamos o dia terminar
No reflexo do olho do outro
E você se perguntaria
Sobre nossos receios
E eu te daria um beijo na testa
Faríamos travesseiros com seus livros
E de mãos dadas
Acabaríamos por dormir

E, ao acordar,
Estaríamos ali, um para o outro
Seria domingo de novo,
Não haveria por que terminar poemas
Seria apenas
O Silêncio e sua eloquência
E não haveria por que partir...

Angelo Augusto Paula do Nascimento

4 comentários:

Luna Sanchez disse...

"No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido..."

;)

Beijos.

Romário disse...

Gosto muito dessas utopias poéticas. Acho que não é fuga da realidade, mas um simples desejo de ser feliz. Obrigado pelas visitas no meu blog. Amigo Ângelo Augusto curto por demais o que tu escreve também to sempre por aqui lendo, refletindo e abastecendo-me de inspiração. Abração!

Marcio Nicolau disse...

realizável!

Unknown disse...

Espero que assim seja, Nicolau! Abração

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