Escrevo como quem se desespera
Como garotas que esperam em janelas interioranas
Como flores baldias que crescem desodernadas
Como se o amor fosse feito de taipa
Escrevo para olhos cegos
Para o seu coração despreparado
Para amarrar sentimentos e braços
Escrevo como quem procura
O verso perdido na sala
Na cozinha
Na chaleira
Atrás das cadeiras
Escrevo por não se ler o dito
Por viver clichês
Vexames
E o coração em nudismo
Escrevo como se fosse cheio de desgraças
Como se fosse criança e não brincasse
Como se castigo consertasse
Aquilo que insisto sentir.
Angelo Augusto Paula do Nascimento
4 comentários:
Ótimo poema Angelo.
abraços
Pra respirar.
Pra sobreviver.
Sempre lindo aqui, sempre tocante, vivo.
Um beijo.
Cadê tu?
Estou aqui. Acho difícil escrever... Tem épocas que tudo fica aprisionado... bjs
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