domingo, 23 de outubro de 2011

Como se o amor fosse feito de taipa


Escrevo como quem se desespera
Como garotas que esperam em janelas interioranas
Como flores baldias que crescem desodernadas
Como se o amor fosse feito de taipa

Escrevo para olhos cegos
Para o seu coração despreparado
Para amarrar sentimentos e braços

Escrevo como quem procura
O verso perdido na sala
Na cozinha
Na chaleira
Atrás das cadeiras

Escrevo por não se ler o dito
Por viver clichês
Vexames
E o coração em nudismo

Escrevo como se fosse cheio de desgraças
Como se fosse criança e não brincasse
Como se castigo consertasse
Aquilo que insisto sentir.

Angelo Augusto Paula do Nascimento

4 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

Ótimo poema Angelo.


abraços

Luna Sanchez disse...

Pra respirar.

Pra sobreviver.

Sempre lindo aqui, sempre tocante, vivo.

Um beijo.

Luna Sanchez disse...

Cadê tu?

Unknown disse...

Estou aqui. Acho difícil escrever... Tem épocas que tudo fica aprisionado... bjs

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