quarta-feira, 15 de abril de 2009

Palavras que sacodem o pâncreas

Um amigo me falou sobre o blog mostrar um cara que não parece comigo. Ele me relatou fatos e fatos que me fazem bem menos introspectivo que o que ele enxerga em meio ao tudo que escrevo. Devo dizer que fui citado como mais brincalhão, mas a palavra usada foi “debochado”.
Sou debochado, sim. Sou sarcástico, piadístico (sem graça, mas vou em frente) e rio com as mínimas coisas. Gosto de piadas de pontinhos, de pintos que explodem e de humor negro. Curto demais trocadilhos infames, histórias de Seu Lunga, Casseta e Planeta, últimos mico-leões dourados, terças, quartas, quintas e sextas insanas, além de imitar os outros por seus traços mais marcantes e estranhos (devo ter imitado você em algum momento).
Mas não sei como escrever isso tudo aqui. Minhas “sacadas” não consigo fazer sozinho, pois preciso de diálogo para me aproveitar dos dizeres do outro. E agora? Como transportar esse outro eu para cá?
Já pensei em criar um outro blog de besteiras, onde tudo poderia ser perguntado e eu poderia responder todas as dúvidas com minha insólita mente criativa, das maneiras mais absurdas. Algo como meu amigo Madson queria para mim (ele diz que quando me perguntam algo, na hora em que vou responder, ele tem a impressão que luzes se abrem sobre mim e começa o meu show) estilo “Pergunte ao Tio Pote”! Acho que essa seria uma alternativa viável. Que você diz, Madson? Acho que essa seria uma opção até mesmo divertida.
Mas, como no fundo de meu pâncreas habita este outro Angelo, fica aqui delimitado seu espaço, continuando ele a escrever suas histórias recentes e passadas. E por falar em escrever, outro post, de outro amigo, citou sobre o dom de escrever versos. Acredito que cada pessoa tem seu meio de se conectar com o mundo. Se acaso organizo as palavras em versos, tenho amigos que o fazem com muito mais facilidade em suas crônicas; outros apenas satirizam sem qualquer preocupação vocabular.
Gostaria de poder escrever textos, como você, Lyrynho, mas tudo só me vem em versos na maioria das vezes. Apesar de não se trocar de dom, sei que um dia vou viver de prosa, ou ser todo prosa ou quem sabe melhor viva de verso e prosa.
O futuro dirá.
Por ora, vou apenas continuar a vidinha sem me torturar e quebrar a cabeça tentando me adequar às novas regras da língua portuguesa.
Que todos encontrem a sua maneira de externar palavras que lhe sacudam o pâncreas.
Bom resto de semana a todos.

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