domingo, 15 de agosto de 2010

As revoltas de meu corpo

O meu corpo possui revoltas
Dessas que não dá para segurar.
Possui tantas arranhões,
Tantas lacerações
Provenientes apenas de escutar seu nome.

Meu corpo se ergue doído e transparente
Cheio de vazios que não se esgotam
E que sugam tudo ao redor.

Meu corpo
Perdeu a boca
E escondeu as palavras
E apenas flutua,
Deriva.

Quero riscar as agonias do meu corpo,
Tragam minhas canetas...

Angelo A. P. Nascimento

Um comentário:

Luna disse...

seria bom uma poesia que fosse real, e existissem canetas que pudessem riscar nossa agonia.

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