quarta-feira, 19 de junho de 2013

O boêmio



Eu olhava as madrugadas
E havia as tuas luzes
Eras o incêndio dos corpos das prostitutas
Eras as brasas dos tantos cigarros
Que vagalumeavam sinistras
Eras lâmpadas de mercúrio
Estrelando o céu de meus subúrbios

Então, num desespero nada tímido
Tornei-me boêmio
Largado e bêbado
Febril de sentimentos
Para ter esse direito
De escrever sobre o nosso amor.

Angelo Augusto Paula do Nascimento


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