quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A tristeza exata




Mais tarde, amor
Agora vou comprar o pão
Não vou fazer poesia
Não insista, não
Parece normal
Sentar e te olhar
Mas não consigo
Existir sem penar

Porque eu preciso de música
Eu preciso de tua pele
Pra falar
Preciso de uma tarde que caia
Preciso da tristeza exata
E essa você não pode me dar

Eu sinto
Parece que me persigo
Que me jogo à própria sorte
Tudo é muito forte na hora
É quase desumano ficar

Mais tarde
Mais tarde, calor
Mais tarde
Agora não consigo
Agora tudo sinto
Agora sou tão teu
Agora tão ateu
Esse amor.


Angelo Augusto Paula do Nascimento

5 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Na vida precisamos de Pão e Vinho ...

Poeta da Colina disse...

A rima e sua busca por melancolia.

Tamara Queiroz disse...

Comecei rindo e terminei quase chorando...

Unknown disse...

Obrigado pelos comentários. Voltem sempre. Abração

Unknown disse...

Que lindo! :)

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