domingo, 15 de abril de 2012

Lembranças



Eu passarei decênios
No abandono do seu amor
Como triste homem
Sem lume no peito

Serei eu
Deitado na varanda
Na esperança
De chover seu cheiro
E poder me espraiar pela grama

E os anos
Meu aniversários
Sem teus braços
Me levarão
Até mancarem
Meus pés e sentimentos

Até o amor fenecer
Em seu leito
Sem, no entanto
Apagar da minha lembrança
Seu rosto encantado.

[Hei de amar-te sem ecos...]

Angelo A. P. Nascimento

4 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Mas nunca é tarde para acordarmo-nos e permitir-nos um pouco a esta loucura ... ou não?

Poeta da Colina disse...

O amor é o que permanece depois de nós.

Muito bom!

Unknown disse...

Querido Braccini, realmente nunca é tarde, mas não é apenas de sol que se compõe o dia!
Um enorme abraço!

Unknown disse...

Caro Poeta da Colina, realmente é o que permanece depois de nós, até porque, um momento de amor justifica uma vida inteira.
Abraços!

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