segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tempo

Eu passei um tempo longe das alvoradas

Não cantava passarinho
Não findava essa estrada
Não havia água boa
Ou descanso
Ou revoada.

Eu passei um tempo
Numa música triste
Num quase divórcio
Na morte consumada de uma filha
No meio de palavras que não saiam
No meio de tanto ar que não respirava.

Eu passei um tempo
Num tempo que não passava...

Angelo A. P. Nascimento

16 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

e olha ele de volta ... que bom ... espero q os ventos ruins tenham passado e que em 2011 saibamos torná-lo pleno e genial ...

beijo grande ao amigo Angelo

;-)

Zélia Guardiano disse...

Meu Deus!
Versos carregados de emoção!
Angelo querido: sinceramente, não tenho uma palavra bastante boa, para dizer-lhe nesta hora...
Mas tenho, e aqui lhe deixo, meu carinho e um abraço muito, muito apertado!

Átila Goyaz disse...

Forte, triste, cíclico...Gostei!

Ira Buscacio disse...

Angelo,
Que bom te ver novamente! Um novo ano, novas realizações. Desejo-te paz.
Um poema comovente e doído. Tocou-me além da pele.
Bjs e linda semana

Pâmela Grassi disse...

angelo,
Meus tempos são de não-palavras.Sigo por aí a procura de letras,

Beijos

Rob Novak disse...

Òtimo poema. Carregado de emoções indisfarçáveis, sinceras e doloridas.
Abraço!

Vanessa Souza disse...

Ele é deveras relativo.

Anônimo disse...

que bom que passou.

Achei até que havia desistido da poesia.

Lê Fernands disse...

um tempo que não passa me tira o fôlego!


gostei do texto!

Hugo de Oliveira disse...

Tempo, Tempo, Tempo...compositor de destinos.

abraços
de luz e paz

Hugo

Tamara Queiroz disse...

Eu passei um tempo
Num tempo que não passava...


Eu passei por este tempo meses atrás. Por mais que eu tinha essa sensação, gostava de curtir este sentimento tão raro para mim. Sentimento, mesmo, de música triste, de quase divórcio, de morte consumada e de palavras que não saem...

Mas respirei profundo e estou envolta novamente com minhas alegrias.


Uum beijão,

Max William Morais disse...

Tem coisas que nunca passam – ou quando passam, parecem que não iriam passar... Coisas adversas do tempo! (Eu acho...) =D

Eu, Thiago Assis disse...

muuito bom o ritmo da poesia.
gostei gostei

Unknown disse...

Adorei! Feliz aniversário! Sejamos sempre uma metade que está por se descobrir! Bjs

Anônimo disse...

De tempos em tempos, recebo tuas visitas e gosto de retribuí-las em forma de comentários que sinalizem não só a leitura, mas o prazer em realizá-las. O teu espaço é poético, é realizado com simplicidade e afeto, o que considero importante. Porque apesar dos problemas que apontei lá no InterTextual a respeito do uso da rede, concordo com você, navegamos, precisamos nos mostrar.

Um abraço e se mostre, acho que assim marcamos nosso tempo.

Cristiane Muniz disse...

Esse seu texto conseguiu alcançar as profundezas da minha alma.

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