Eu deixei de escrever para você
Pendurei lá fora
Todo o sentimento
Todo o amor
Que em mim restava
Era hora da purga
Da limpeza dos afagos
Do desbotar final das tintas
Da risonha ironia das ausências
Calei meus dedos
Fechei meu sorriso
Tranquei a alma
Deprimi minhas sobrancelhas
O silêncio é a voz
De minha tristeza
Por fim
Apenas ecos
Dos poemas escritos
No corpo das lembranças...
[E se eu novamente falasse,
Que alegria estranha me encheria a boca?]
Angelo Augusto Paula
Nenhum comentário:
Postar um comentário