domingo, 30 de setembro de 2012

Desconhecido Reflexo




Sendo
Venho hoje
Escrever o proibitivo
O amor vernáculo escondido
As desventuras de olhar-te
E não ter-te comigo

Sendo este que não sou
Procuro por mim
Embaixo da cama
Nas gavetas da cozinha
Entre os papéis da escrivaninha
No espelho
Desconhecido reflexo

Sendo quem não sou
Apenas sendo
Esse estranho dolorido
Eu fingido
Talvez eu seja
Quem tu reconheces
Deixando passar despercebido.

[Inventaram-me, mas eu não mais me cabia
Restara o vazio do que tinha sido
Somado à estranheza do que me tornei]

Angelo Augusto Paula do Nascimento

domingo, 23 de setembro de 2012

Morte morrida



Eu não sei o que escrever por mim
Trago agora uma tristeza
Que não há como contar

Há o medo da morte, meu bem
E esse não há como descrever
Porque já morri de amor
Mas de morte morrida
Nunca vi qualquer poesia.

[Me abraça...]

Angelo Augusto Paula do Nascimento

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sobre o medo das tempestades



A tempestade chegou
Vamos sair da janela
Vamos lá para dentro
Para a proteção dos nossos braços
Para o calor do cobertor

A tempestade
Me dá medo
Me dá um clássico horror
Sua trovoadas
E seus relâmpagos
Seus estrondos
Que interrompem os sonhos

Tem tempestade lá fora
Meu amor
Me dá sua mão
Acende a luz
Fica aqui
Estou com medo de dormir...

Angelo A. P. Nascimento
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