Eu já publiquei esse poema aqui, no início do blog, pois foi um dos primeiros resgates que fiz das coisas que escrevi em tempos idos.
Apesar de recitá-lo todo o tempo no silêncio do coração ou baixinho, entre os dentes, resolvi replubicá-lo, pois é setembro e meu corpo resolveu fazer coro.
Deus abençoe a sua pele branca,
Os seus cabelos,
Os seus pêlos,
Os seus dedos tão vivos.
Deus abençoe a sua saliva,
Seu riso desmedido,
Sua expressão de criança
E a sua maneira simples de olhar.
Deus abençoe suas pernas,
Seus joelhos e
Sua barriga trêmula a minha língua.
Deus abençoe esse rosto sereno,
Esse sono intrigante e inocente,
Esse corpo de sossego,
O seu cheiro,
Esses lençóis e esses travesseiros.
Deus abençoe essa minha noturna travessia...
Angelo A. P. Nascimento
(2005)